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Novas Políticas

UM BLOG APOIADO PELO INSTITUTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO

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Novas Políticas

30
Jul09

A escola pública socialista

Pedro Duarte

Não é necessária uma abordagem muito sofisticada para se concluir que o principal défice estrutural que este País enfrenta reside na fraca qualificação dos portugueses.

Para ultrapassar este problema, o Governo, coerente e fiel à sua matriz, optou pela maquilhagem, em detrimento do substancial. Para este Governo, não é relevante fazer. O importante é parecer que se faz.

 

Assim, o programa PS para a Educação assentou sempre na promoção de facilidades, na manipulação estatística e até na geração artificial de relatórios pretensamente da OCDE. Tudo em nome de um aparente “sucesso educativo”, estridentemente declarado pelo Primeiro-Ministro.

 

Contudo, convém lembrar os mais incautos que este Governo acabou com as provas globais no 9º ano. Lançou, no âmbito do Novas Oportunidades, cursos, por exemplo, de jogador de futebol que dão equivalência a esse 9º ano. Impôs um novo Estatuto do Aluno em que ninguém reprova mesmo que falte sempre às aulas. Desqualificou os professores, afectando a sua autoridade e a sua capacidade para serem exigentes com os alunos. Avisou as escolas que seriam melhor avaliadas se chumbassem menos alunos. Acabou com o exame de Filosofia no 12º ano. Condicionou a avaliação e progressão na carreira dos professores, fazendo-as depender das notas que dão aos alunos na avaliação contínua. Decretou mais 30 minutos de tolerância em todos os exames nacionais. Sensibilizou as escolas para a “necessidade de sucesso” imediato. Afirmou publicamente que as reprovações custavam muito dinheiro ao bolso dos contribuintes. Revoltou-se abnegadamente contra todos os peritos, especialistas, professores, associações de pais e sociedades científicas que denunciaram a facilidade “anormal” dos exames nacionais. Disseminou diplomas e certificações sem qualquer avaliação à formação ministrada. E aceitou, com toda a naturalidade, que alunos com 9 negativas em 14 disciplinas, transitassem de ano.

Assim se esgota toda uma política de Educação.

E assim se cria um verdadeiro manual de destruição da escola pública!

 

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