Não aos dogmas na saúde
Quatro anos e meio depois da tomada de posse deste governo, as listas de espera nos hospitais continuam a assustar qualquer pessoa que se preocupe minimamente com o seu bem estar. Maleitas simples e de cura rápida podem tornar-se complicadas devido ao mau funcionamento do serviço nacional de saúde. Perante os deficientes serviços prestados pelo Estado e a insatisfação dos seus utentes, a que acresce a disponibilidade destes pagarem para viverem melhor, foram surgindo alguns hospitais privados. Infelizmente, o governo socialista, ao invés de aproveitar esta novidade, acentuando as parcerias público-privadas em matéria de cuidados de saúde, optou por hostilizar a iniciativa privada.
Partindo do pressuposto de que o importante é curar pessoas, é indispensável pôr a ideologia de lado nestas matérias. Não deve haver lugar a dogmas, mas sim a bom senso. A resultados. Seria proveitoso que o Estado, colocando o interesse dos cidadãos acima dos seus, deixasse de concorrer com os privados, mas colaborasse com estes. Que ao invés de os prejudicar, os fiscalizasse. Não tentasse fazer o que os privados têm mais condições de levar por diante e depois, por ineficiência, contratasse serviços externos para terminar o que não consegue acabar. Não dando azo à teimosia socialista, seria benéfico que os cidadãos pudessem escolher o hospital, público ou privado, onde querem ser tratados. O futuro governo não deve ter medo da concorrência. A recear alguma coisa que seja a morte ou a deficiência dos que ficam demasiado tempo à espera daquilo que deveria ser elementar.